segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rezemos pela Libia


Maria na Devoção Popular
Nossa Senhora do Líbano
Na cordilheira da Turquia asiática com 130 quilômetros de extensão, famosa pelos seus lindos cedros, onde se encontram montes elevados, chegando até a 3 mil metros de altitude, onde também vivem densas populações. Elas formam o país do Líbano cuja capital é Beirute. A tradição respeita grandemente São Maron, que presenteou o povo libanês com um governo cristão com leis civis e religiosas que formam o rito maronita. O povo conserva piedosa devoção a Nossa Senhora do Líbano desde os primórdios do cristianismo. Os ancestrais conviveram com os apóstolos. Antes,ainda, a sagrada Bíblia no livro de Isaías fala (19,34) ...o Líbano cairá com seus altos cedros. E no capítulo 35,2: ...a glória do Líbano lhe será dada. Entre outros, ainda encontramos no livro do Cântico dos Cânticos: 4,8: Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano e serás coroada...
O Patriarca Elias Pedro Haayeck construiu um monumento a Nossa Senhora do Líbano, em 1910. Há aí um santuário, para onde peregrinam milhares de fiéis não só do Oriente, mas de toda a Europa. Essa construção era comemorativa do cinquentenário das aparições da Virgem em Lourdes.
O cardeal Angelo Giuseppe Roncalli, depois papa João XXIII, (1881-1963) foi em 1954 designado por Pio XII para coroar a imagem de Nossa Senhora do Líbano ao transcorrer o cinquentenário daquela construção. Para que os peregrinos, pudessem chegar mais facilmente ao local do templo, foram construídos vários teleféricos que são meios de transportes aéreos, por meio de cabos de aço.
Também no Brasil Nossa Senhora do Líbano é muito venerada, tendo presente a grande colônia libanesa por aqui residente. Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra (1882-1942), então cardeal e arcebispo do Rio de Janeiro, convidou os padres libaneses a se estabelecerem na capital do Brasil, na época. Em 1931, ele inaugurava um templo e colégio construídos em homenagem a Nossa Senhora do Líbano. Sempre a devoção à Mãe de Deus sob diferentes títulos tem crescido. Em várias cidades se encontram capelas ou igrejas em homenagem a Nossa Senhora do Líbano, como em Porto Alegre, São Paulo, Juiz de Fora e outras.
Os artistas representaram Nossa Senhora do Líbano, de pé, com os braços abertos como provocando um abraço cordial. Aparece vestida de branco, túnica que lembra a pureza imaculada e um manto azul que simboliza a pátria da morada eterna, o céu.

Oração:
(de São Bernardo)
Lembra-te, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se tem ouvido que deixaste de socorrer e consolar a quem te invocou, implorando a tua proteção e assistência, hoje, pois, animado com igual confiança, como a Mãe a ti recorro de ti me valho, gemendo sob o peso de meus pecados, humildemente, me prostro a teus pés. Não rejeites as minhas súplicas, ó Virgem, Senhora do Líbano. Mas digna-te de as ouvir propícia e de me alcançar a graça que te peço. Amém.
Pe. Roque Vicente Beraldi é sacerdote, missionário claretiano.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Catarina Álvares Paraguaçu e Diogo Álvares eles formaram a primeira família documentada do Brasil.





Catarina Álvares Paraguaçu(1495-1589 foi uma índia tupinambá nativa da região onde hoje é o estado da Bahia. Segundo a certidão do batismo, realizado em junho de 1528 em Saint-Malo, na França, e encontrada no Canadá, seu nome verdadeiro seria "Guaibimpará" e não "Paraguaçu" (nome que significa "mar grande"), como escreve o frei Santa Rita Durão em seu poema Caramuru.
Teria sido oferecida por seu pai, o cacique Taparica, como esposa ao náufrago português Diogo Álvares, o Caramuru, que gozava de grande proeminência entre os Tupinambás da Bahia. Adotou o nome cristão de Catarina do Brasil. É considerada a mãe biológica de boa parte da nação brasileira. Faleceu em idade avançada por volta de 1589 e elaborou testamento existente até hoje no qual deixa seus bens para os monges beneditinos. Seus restos mortais repousam na Igreja da Graça, em Salvador.
Uma imagem de Catarina Paraguaçu se encontra aos pés do Caboclo do Dois de julho, monumento localizado na praça do Campo Grande no Centro de Salvador. Segundo a lenda, Catarina teria tido sonhos frequentes com náufragos, sofrendo com fome e frio, entre eles, uma mulher com uma criança nos braços. Confiando no caráter místico dos sonhos da esposa, Caramuru teria mandado que procurassem pela orla, até que foram encontrados vários náufragos, mas entre eles não havia nenhuma mulher. Catarina sonhou novamente com a mesma mulher e ela teria lhe pedido que construíssem uma casa para ela na sua aldeia. Em pouco tempo foi encontrada uma imagem da virgem Maria com o menino Jesus nos braços, que esta localizada no altar da Igreja da Graça.
Catarina e Diogo Caramuru formaram a primeira família cristã do Brasil. Além disso, eles formaram a primeira família documentada do Brasil.



Campanha: O mundo será salvo pela Cruz.




Lancemos a Campanha: O mundo será salvo pela Cruz
usemos em nosso carros, no peito e em nossas casas o símbolo do amor, verdadeiro amor a Deus e ao próximo!!

As Duas Colunas; a Eucaristia e a Devoção à Santíssima Virgem —1862

As Duas Colunas; a Eucaristia e a Devoção à Santíssima Virgem —1862



Hoje apresentamos a nossos leitores a tradução de um sonho que tem todas as características de uma verdadeira profecia, será que o sonho já se cumpriu ou esta para sê-lo? Circulam pela Internet várias versões deste sonho com uma pintura alegórica, mas há detalhes que temos dele e que são resenhados nas Memórias Biográficas, eu os achei interessantíssimos, e portanto os acrescento aqui.

Em 26 de maio de 1862 (São) João Dom Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês.

Em 30 de maio, pois, de noite contou-lhes uma parábola ou sonho segundo ele quis denominá-la.

Eis aqui suas palavras:

"Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.

Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não vêem mais terra que a que têm debaixo dos pés. Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança que fere e transpassa todo aquilo contra o qual arremete. Estas naves estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.

A esta majestosa nave, provida de tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.

Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes a uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum.(Auxilio dos Cristãos)
Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e debaixo dela outro cartaz com estas palavras: Salus credentium.(Salvação dos crentes)

O comandante supremo da nave maior, que é o Romano Pontífice, ao perceber o furor dos inimigos e a situação difícil em que se encontram seus fieis, pensa em convocar a seu redor aos pilotos das naves ajudantes para celebrar conselho e decidir a conduta a seguir. Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do Papa. Celebram conselho; mas ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de suas respectivas naves.

Restabelecida por um momento a calma, O Papa reúne pela segunda vez aos pilotos, enquanto a nave capitã continua seu curso; mas a borrasca torna-se novamente espantosa.

O Pontífice empunha o leme e todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e grosas argolas unidas a robustas cadeias.

As naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado. As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.

Às vezes acontece que por efeito dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.

Disparam enquanto isso os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar. Então, os inimigos, acesos de furor começam a lutar empregando a armas curtas, as mãos, os punhos, as injúrias, as blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.

Quando eis aqui que o Papa cai ferido gravemente. Imediatamente os que lhe acompanham vão a ajudar-lhe e o levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas naves reina um júbilo inexprimível. Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o posto vacante. Os pilotos reunidos o escolheram imediatamente; de sorte que a notícia da morte do Papa chega com o da eleição de seu sucessor. Os inimigos começam a desanimar-se.

O novo Pontífice, vencendo e superando todos os obstáculos, guia a nave em volta das duas colunas, e ao chegar ao espaço compreendido entre ambas, a amarra com uma cadeia que pende da proa uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra cadeia que pende da popa a sujeita da parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de pedestal à Virgem Imaculada. Então produz-se uma grande confusão. Todas as naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais. Outras navezinhas que combateram valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde ficam amarradas.

Outras naves, que por medo ao combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali permanecem tranqüilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma calma absoluta."

Ao chegar a este ponto do relato, (São) João Dom Bosco perguntou ao (Beato) Miguel Dom Rúa:

— O que pensas desta narração?

O (Beato) Miguel Dom Rúa respondeu:

— Parece-me que a nave do Papa é a Igreja da qual ele é a Cabeça: as outras naves representam aos homens e o mar ao mundo. Os que defendem à embarcação do Pontífice são os fieis à Santa Se; os outros, seus inimigos, que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas salvadoras parece-me que são a devoção a María Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

O (Beato) Miguel Dom Rúa não fez referência ao Papa cansado e morto e (São) João Dom Bosco nada disse tampouco sobre este particular. Somente acrescentou:

— Hás dito bem. Somente terei que corrigir uma expressão. As naves dos inimigos são as perseguições. Preparam-se dias difíceis para a Igreja. O que até agora aconteceu (na história da Igreja) é quase nada em comparação ao que tem de acontecer. Os inimigos da Igreja estão representados pelas naves que tentam afundar a nave principal e aniquilá-la se pudessem. Só ficam dois meios para salvar-se dentro de tanto desconcerto! Devoção a Maria. Freqüência dos Sacramentos: Comunhão freqüente, empregando todos os recursos para praticá-la nós e para fazê-la praticar a outros sempre e em todo momento. Boa noite!

As conjecturas que fizeram os jovens sobre este sonho foram muitíssimas, especialmente no referente ao Papa; mas (São) João Dom Bosco não acrescentou nenhuma outra explicação.

Quarenta e oito anos depois — em 1907 — um antigo aluno, cônego Dom João Ma. Bourlot recordava perfeitamente as palavras de (São) João Dom Bosco.

Temos que concluir dizendo que muitos consideraram este sonho como uma verdadeira visão ou profecia, embora (São) João Dom Bosco ao narrá-lo parece que não se propôs outra coisa que, induzir aos jovens a rezar pela Igreja e pelo Sumo Pontífice inculcando-lhes ao mesmo tempo a devoção ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima.
(M. B. Volume VII, págs. 169-171)
C

A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo




A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo que, sob as espécies do pão e do vinho, se oferece por mãos do sacerdote a Deus sobre o altar, memória e renovação do sacrifício da Cruz."
(Catecismo de São Pio X)

O que é a Eucaristia?

É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.

Quando Cristo instituiu a Eucaristia? Instituiu-a na Quinta-feira Santa, "na noite em que ia ser entregue" (1Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia.



ÚNICO E MESMO SACRIFÍCIO, NO CALVÁRIO E NO ALTAR

A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, oferecido em nossos altares, em memória do Sacrifício da Cruz. O Santo sacrifício da Missa é oferecido para adorar e glorificar a Deus, para obter o perdão dos pecados, para pedir graças e favores pessoais e também pelas almas do Purgatório. É o Sacrifício da Nova Lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual são oferecidos a Deus o Corpo e o Sangue de Jesus, sob as aparências do pão e do vinho.



É uma prolongação perene e incruenta (sem derramamento de sangue) do mesmo Sacrifício do Calvário. Ambos os sacrifícios, o da Cruz no Calvário, e o da Missa em nossos altares, constituem um único e idêntico sacrifício, pois que a Vítima e o Oferente destes sacrifícios é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. O Sacerdote, como "Mediador entre Deus e os Homens" (1 Tim. 2, 5) oferece o Santo Sacrifício da Missa em nome de Jesus Cristo e da sua Igreja, pela salvação do mundo.

A Paixão de Cristo constitui a essência mesma do Santo Sacrifício da Missa. Por isso, afirmou o Apóstolo São Paulo: "Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Vinho, relembrarei a morte do Senhor, até que Ele venha". (I Cor, 11,26).



A PRIMEIRA SANTA MISSA

As cerimônias, palavras e gestos da Consagração constituem a parte mais importante da Santa Missa. Ora, essas palavras e gestos verificaram-se pela primeira vez, naquela memorável noite da primeira de todas as Quintas-feiras Santas, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, no Cenáculo de Jerusalém, celebrou a Sagrada Ceia Pascal com os Seus discípulos. A Sagrada Ceia foi, pois, a primeira Santa Missa, celebrada por Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

A LITURGIA DA SANTA MISSA



O Santo Sacrifício da Missa é a perpetuação do Drama divino do Calvário. Jesus Cristo, Deus e Homem, padeceu e morreu por minha causa, pela minha salvação. O drama redentor do Calvário é pois, o meu drama. Neste drama se distinguem seis atos principais, nos quais procurarei tomar parte, associando-me ao Sacerdote celebrante que realiza o Santo Sacrifício em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo Sacerdote:

1.º) Rezar. (Desde o início da Missa até a Epístola). __ É a voz do homem que fala a Deus.

2.º) Escutar. (Desde a Epístola até o fim do Evangelho). __ É a voz de Deus que fala ao homem.

3.º) Oferecer. (No Ofertório, o Sacerdote oferece, a Deus, a Hóstia que vai ser consagrada). __ Oferecer-me-ei também a Deus Pai, em união com Jesus Cristo, a Vítima divina do altar.

4.º) Sacrificar. (O Sacerdote, consagrando o Pão e o Vinho separadamente, significa a efusão do Sangue sofrida por Jesus na sua Paixão e Morte redentora). __ Aceitarei resignadamente os sofrimentos e sacrifícios de cada dia, unindo-o ao sacrifício de Jesus, na Santa Missa.

5.º) Comungar. (A Comunhão é o complemento natural da Consagração, do sacrifício. A Vítima divina da Nova Lei, depois de imolada, deve ser comungada). __ Pela Santa Comunhão, a participação do fiel ao Santo Sacrifício da Missa se realiza plenamente.

6.º) Agradecer. Depois da Comunhão e já ao final do Sacrifício, o Sacerdote reza a oração chamada Pós-comunhão, agradecendo a Deus os benefícios recebidos no Santo Sacrifício da Missa.

Finalidades da Santa Missa:

1) Adorar e cultuar a Deus, nosso Criador e Pai (sacrifício latréutico).

2) Aplacar a sua justiça e obter misericórdia (sacrifício propiciatório).

3) Dar-Lhe graças pelos benefícios recebidos (sacrifício eucarístico).

4) Pedir-lhe favores e graças (sacrifício impetratório).

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O amor de Deus é alimento, é incondicional"





Padre Roberto Lettieri
Foto: Robson Siqueira/ Foto CNGostaria que você redobrasse o seu silêncio agora porque esta pregação tem um sentido muito importante para nós, que hoje estamos nos esquecendo da Igreja em muitas situações. Estamos muito preocupados em receber somente curas, milagres. Estamos preocupados que o Senhor atenda às necessidades da nossa família, que resolva os problemas mais urgentes da nossa vida. Tomem cuidado! Com essa atitude, acabamos perdendo o que há de mais sagrado dentro de nós: o nosso amor esponsal por Jesus, ou seja, a sede que a nossa alma tem de amar.

Em muitas situações nos esquecemos daquele amor que ama Jesus com a alma e que só deseja a Ele. O que tem deixado o coração do Senhor triste é que nós cristãos estamos perdendo o caráter esponsal da nossa alma, ou seja, o mistério de querer amá-Lo acima de tudo e de todos. Escute, filho e filha da Igreja: se esquecermos esse amor acabaremos reduzindo a nossa vida cristã em nada.

Quantas vezes ouvimos: “Deus não me dá o que quero, eu não O amo mais”; “Por que Deus não me ama mais?”. É desses questionamentos mesquinhos que surge o perigo de nós cristãos irmos para outras seitas, que nos prometem felicidade e resposta para os problemas.

Não podemos amar Jesus pelo que Ele nos dá. Quantas pessoas dizem: "Deus não lembra de mim?" Isso é uma heresia! O amor de Deus não é o seu amor, não tem os seus cálculos.

Santa Tereza D’Ávila disse que essa vida é passageira, e isso é a pura verdade. Você perde a sua alma e o seu coração com vãs preocupações. O melhor ainda está por vir, meus filhos.


"O amor de Deus é alimento, é incondicional"
Foto: Robson Siqueira/ Foto CN

Você pode se perguntar: "Onde posso demonstrar o meu amor esponsal por Jesus?" É na Santa Missa, quando comunga. Quantos católicos ainda não sabem comungar Jesus Cristo? Falta ensino de amor nas catequeses. Tudo é muito "razão" [racional] neste mundo. "Felizes os convidados para as bodas do Cordeiro". É somente na Eucaristia que a minha alma vai encontrar o Senhor. Tudo começa na Santa Missa e termina no céu.

Mas se isso é a verdade, o que está acontecendo com os cristãos? Não estamos mais buscando a Deus com a alma, queremos o Senhor com o corpo. Se Ele não resolve o nosso problema não O amamos mais. Você está aqui agora por que quer doar a sua alma a Ele? Ou veio pedir soluções para os seus problemas?

Leiam comigo a Palavra do Senhor que se encontra no I livro do profeta Oséias (11, 3-4):

“Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar, tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles. Segurava-os com laços humanos, com laços de amor; fui para eles como o que tira da boca uma rédea, e lhes dei alimento”.

O amor de Deus é alimento, é incondicional. O nosso amor não é o d’Ele. O Senhor sabe o que faz. Nosso amor é pequenino perto do amor de Deus. A prova disso é Ele ter dado seu Filho como nosso alimento.

Agora vou contar uma história para vocês que resume esse amor. Vocês sabem por que Jesus é chamado de Pio Pelicano?

A mãe pelicano, quando seus filhotes nascem, os esconde na terra para protegê-los. Porém, as serpentes vêm e acabam ferindo os filhotinhos mesmo com a proteção. O pelicano, quando vê isso, começa a ferir os seus filhos com o bico até sangrarem para que o veneno da serpente saia com o sangue. Quando ele percebe, os filhotes já estão mortos. Preocupado, começa a se ferir porque quer derramar o seu sangue nos seus filhos. De repente, os filhotes começam a reviver. E ele se alegra porque o seu sangue deu vida aos seus filhotes.


"Não questione mais; pare de falar "por quê?". Lembre-se: o amor de Deus não cabe na nossa inteligência"
Foto: Robson Siqueira/ Foto CN

Jesus faz isso com a gente também. Ele nos fere por amor; derrama o Seu sangue por nós. Jesus Pio Pelicano é uma das maiores imagens Eucarísticas da Igreja. O Senhor é o grande Pelicano. Ele é aquele que se dá, se fere, rasga o coração e dá a vida por nós. Isso acontece a cada Santa Missa. Vocês não podem mais participar da Missa como uma realidade qualquer. A Missa é o Senhor Jesus que rasga o coração d'Ele para nos dar a vida eterna.

A sua alma precisa querer Jesus com toda a força, principalmente se ela já foi "ferida" por Deus. Às vezes, o Senhor está ferindo o seu coração e você não vê. Não questione mais; pare de falar "por quê?". Lembre-se: o amor de Deus não cabe na nossa inteligência. Não é como o nosso [amor] – é gratuito, incondicional.

Hoje, você pode pensar que a Missa é festa - é a alegrai da ressurreição, mas, acima de tudo, é sacrifício de amor. Jesus só viveu para ver o Pai glorificado. Eucaristia significa grande ação de graças. O coração da Missa é a sua vida entregue ao coração do Pai, como Jesus fez.

Você não tem mérito nenhum nas coisas que faz. Não diga "eu sou, eu faço, eu consigo"... Você não faz nada! Quem faz é o Senhor. É Ele quem dá a você todos os dias a graça de respirar. Quem salva a sua vida é Jesus. Não adianta rezar em casa para os santos se você não tem a Santa Missa como a razão do seu viver.

A Celebração Eucarística é linda! Não participar dela é pecado contra o amor, porque a Missa é o amor de Deus por você. A Missa é o sacrifício perfeito.

"Felizes os convidados para as bodas do Cordeiro". Comungue o Senhor, junte a sua alma com a do Senhor. Não seja como muitos católicos que ainda dizem que não precisam da Santa Missa. Louvado Seja o Nosso Senhor Jesus Cristo!

Transcrição e adaptação: Ariane Fonseca

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Padre Roberto Lettieri
Fundador da Fraternidade Toca de Assis que tem como principal carisma a adoração ao Santíssimo Sacramento e o acolhimento aos mais necessitados. Prega diversos encontros e retiros por todo o Brasil.

A Cruz de Cristo é o acontecimento central da nossa fé. Não é objeto de decoração, não é amuleto.


A Cruz de Cristo é o acontecimento central da nossa fé. Não é objeto de decoração, não é amuleto. É acontecimento, é realidade. Cristo não subiu na cruz para fazer enfeite, mas para apertar laços em nós. Não se salva casamento ou se cria filhos sem esforço

Uma Palavra Viva. Essa é a diferença da Sagrada Escritura quando é proclamada. Esta Palavra quando é proclamada, especialmente na Santa Missa, por um ministro da Palavra, ela se atualiza.
Rezamos: "Deus do universo, fonte de todo bem, derramai sobre nossos corações todos amor e estreitai os laços que nos unem". A Liturgia pede o aproximar de muitos dos cristãos que foram afrouxando.
Toda história de salvação, desde a origem, foi, é e será um esforço de Deus de se aproximar de nós, que não se contentou com um relacionamento frouxo, distante. Deus se encarnou, cresceu entre nós. Num sábado, Ele andou no meio das plantações e pode estar andando hoje no meio de nós.
A Cruz de Cristo é o acontecimento central da nossa fé. Não é objeto de decoração, não é amuleto. É acontecimento, é realidade. Cristo não subiu na cruz para fazer enfeite, mas para apertar laços em nós. Não se salva casamento ou se cria filhos sem esforço. É preciso "apertar".
É necessário, é imprescindível, assumir que vida cristã não é coisa para frouxo! Estamos acostumados com o que não é necessário, mas, que enche o bolso, os olhos e promove inveja do que está ao seu lado. Um mundo da subjetividade só se gera cristão frouxo. Eu não quero te apresentar um Cristo estilizado, mas, um Cristo que morreu na cruz. Uma mulher que diz: "Eu sou católica, não vou à Missa, não me confesso faz um tempo, não concordo com um monte de coisas na Igreja..." não é católica
“É necessário que permaneceis inabaláveis e firmes na fé". Tem muito tempo quer não sabemos o que é ser firme e inabalável. O que vemos por aí são cristãos frouxos e moles. Ninguém ressuscita se não morre.
Cristão frouxo quer se "sentir bem" em alguma igreja. "Seu lugar é na Igreja Católica apostólica romana". A firmeza é para o momento da dificuldade. "Aguenta firme", como o monsenhor Jonas nos ensina. Quanta gente é estrangeiro da própria fé, da própria pátria, da própria fé! Qual é esperança que Evangelho ensina? Não é esperança do "eu me sinto bem". E a esperança da cruz! Olha pra cruz de Cristo!
Tem muito cristão indo em muitos lugares onde não se fala mais da cruz de Cristo. Cuidado com caminhos que você tem feito, pode ser que eles não estejam te levando para o Céu. Venha a moda que vier, permanece a cruz de Cristo.
Há quanto tempo que somos católicos descompromissados com a cruz. Você está querendo mudança de vida? Quer resgatar idéia de que esta terra é Terra de Santa Cruz? Então comece pela sua vida.

Santa Rosa de Lima




Santa Rosa de Lima nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no ano de 1586, coincidentemente no mesmo ano da aparição da Virgem Santíssima na cidade de Chiquinquira. Isabel Flores y de Oliva é o seu nome de batismo, mas sua mãe, ao ver aquele rosto rosado e belo, começou a chamá-la de Rosa, nome com a qual ficou conhecida.

Desde pequena, teve grande inclinação à oração e à meditação. Um dia estava rezando diante de uma imagem da Virgem Maria, com Jesus Cristo ainda bebê nos braços, quando ouviu uma voz que vinha da pequena imagem de Jesus, que lhe dizia: "Rosa, dedique a mim todo o seu amor..."

A partir de então, tomou a decisão de amar somente a Jesus, mas devido à sua beleza, muitos homens acabavam se apaixonando por ela. Para não ser motivo de tentações, Rosa cortou seus longos e belos cabelos, e passou a cobrir o rosto constantemente com um véu.

Decidiu ingressar em um convento da ordem agostina, entretanto, estando diante da imagem da Virgem Santíssima no dia da sua conversão, sentiu que não podia levantar-se nem mesmo com a ajuda de seu irmão. Foi então que percebeu ser tudo aquilo um aviso dos céus para não ir, e bastou fazer uma prece à Nossa Senhora para que a paralisia desaparecesse por completo.

A partir deste dia, Rosa, que se espelhava em Santa Catarina de Sena como modelo de vida a ser seguido, passou a pedir diariamente a Deus para indicar-lhe em que ordem religiosa deveria ingressar. Percebeu que todos os dias, assim que começava a rezar, aparecia uma pequena borboleta nas cores branco e preta, e com este sinal chegou à conclusão que deveria ingressar na Congregação da Ordem Terceira de São Domingos, cujas vestimentas eram nestas cores. Tendo ingressado na ordem aos vinte anos, pediu e obteve licença de emitir os votos religiosos em casa - e não no convento - como terciária dominicana.

Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, e passou a levar uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. Através de rigorosas penitências, Rosa eliminou de sua vida todo orgulho, amor próprio e vaidade, cumprindo à risca o que Jesus disse: "Quem se humilha será exaltado". Entre as penitências estava o jejum contínuo: Rosa consumia o mínimo necessário para sua sobrevivência e quase não bebia água. Dormia sobre duras táboas e ao olhar para o crucifixo dizia: "Senhor, a sua cruz é muito mais cruel que a minha".

Quando seu pai perdeu toda a fortuna, Santa Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: "Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência". Vivendo fora do convento, renunciou a inúmeras propostas de casamento e de vida fácil, dizendo: "O prazer e a felicidade que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto". Alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística, suas orações e penitências conseguiram converter muitos pecadores.

Muitos milagres aconteceram após sua morte. Ela foi beatificada por Clemente IX em 1667 e canonizada em 1671 por Clemente X, a primeira da América a ter essa honra. É padroeira da América do Sul e das Filipinas.

O CRUCIFIXO DO HAITI




O CRUCIFIXO DO HAITI
Acabo de ver a imagem do
Crucifixo da Igreja Sacre Coeur du
Tugeau, no Haiti, exibida pelo Fantástico,
programa da Rede Globo. O templo
sagrado desabou e restou aquele
Crucifixo, quase intacto, grande, erguido,
exposto aos olhares que banham de
lágrimas as noites haitianas. As pessoas
param em frente a ele, choram e rezam.
Esta imagem provoca o ser
pensante. Por que foi assim? Por que
aquele Crucifixo resistiu ao equivalente a
30 bombas nucleares como a de
Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser
aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário.
Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir
o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos
sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucificado com eles e eles com
Cristo. “Suas dores são minhas dores; suas lágrimas são minhas lágrimas; seu sangue é o meu
sangue. Estou na cruz despido, como vocês que agora se encontram despidos de tantos bens.” Como
disse o Profeta Isaías: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele
mesmo, nossas dores” (Is 53,4).
Os braços do Filho de Deus permaneceram abertos em Porto Príncipe para acolher o clamor
de homens e mulheres transpassados pela lança da destruição, da fome, da sede, da perda de
esperanças. O lado aberto do Cordeiro de Deus ficou ali, às margens da rua destruída, para dar
descanso e consolo aos que ainda gritam por socorro debaixo dos escombros de uma cidade cujo
concreto tombou sobre vidas cheias de sonhos. “Vinde a mim todos vós que estais cansados e
fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). O Crucificado resistiu
às forças cósmicas para dar refúgio e abrigo aos que vagueiam pelas ruas sem destino.
O Crucifixo do Haiti foi mais forte que o terremoto para manter viva na mente e coração dos
que por aquela rua passarem a boa notícia: “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo
irmão” (Jo 15,13). Ali ficou uma imagem sagrada feita de matéria, porém, ao seu lado, ficaram os
corpos de homens e mulheres, que viveram até o fim o Mandamento Novo. Eles foram imagens
vivas do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Trata-se da Dra. Zilda Arns e quinze
sacerdotes presentes naquela igreja no momento da tragédia. Eles estavam juntos porque queriam
amar intensamente as crianças daquela nação que esperavam por vida e vida em abundância.
O Crucifixo do Haiti permanece erguido e o Espírito de Deus fala aos corações das pessoas
de bem que salvam aquela sofrida gente. “Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava
com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me
vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; ... Todas as vezes que fizestes isso a um dos
menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25, 35-36.40).
O Crucificado ressuscitou e enviou do Pai o Espírito Santo renovando todas as coisas. Ele
ficou naquela destruída rua para dizer: “Coragem, eu venci o mundo” (Jo 16,33). Em meio ao caos
da maior tragédia enfrentada pela ONU, há esperança, a luz dissipa as trevas em cada pessoa
resgatada com vida, e em cada criança amparada. E o brilho volta a resplandecer nos olhos que
agora choram os mortos. É a força criativa e reconstrutora do Amor estampada no Crucificado do
Haiti.
Padre Francisco Agamenilton Damascena
Vice-reitor do Seminário Diocesano São José

Lancemos a Campanha: O mundo será salvo pela Cruz


Lancemos a Campanha: O mundo será salvo pela Cruz
usemos em nosso carros, no peito e em nossas casas o símbolo do amor, verdadeiro amor a Deus e ao próximo!!

Países e professores pedem mudar sentença que proibe crucifixos nas escolas




Dez países integrantes do Conselho de Europa solidarizaram-se com a Itália, país condenado por exibir crucifixos nas salas de aula e se declararam parte no processo, ao lado de Roma.

Por sua vez, trinta e sete professores de Direito de onze países pediram ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para que anule dita decisão proibindo as imagens de Cristo crucificado nas escolas e locais públicos italianos, informou a agência AICA.



http://www.ipco.org.br/home/




Os professores sustentam que a decisão desse Tribunal atenta contra uma muito vasta gama de símbolos religiosos não só em locais públicos de toda Europa, mas também contra símbolos fundamentais, como bandeiras e escudos nacionais.

De fato, se o absurdo critério do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos prevalecer, seriam atingidas bandeiras nacionais como as da Suíça, Inglaterra e dos países escandinavos que ostentam o símbolo da Cruz.

“A tentativa de exilar os símbolos religiosos dos locais públicos seria temerária, porque esses símbolos e as idéias


Selos italiano comemoram “raízes cristãs” da Europa
religiosas que eles representam são parte integral do tecido da civilização européia”, apontaram os professores.

Eles também advertiram que a sentença pode inspirar um conflito generalizado entre governo e religião.

Eric Rassbach, diretor nacional de litígios do Fundo Becket para a Liberdade Religiosa, explicou que “em vez de anunciar uma cruzada contra a religião, a Corte deveria procurar que a religião e governo ajam em dialogo harmonioso”.

Exemplo típico das novas tensões que podem ser geradas pela sentença desse Tribunal aconteceu na própria Itália. O governo italiano emitiu uma série de selos postais dedicados aos Santos Padroeiros de Europa.

Os selos comemoram as “raízes cristãs na formação da identidade cultural européia”. A emissão não contraria a letra, mas o critério apontado pela contestada decisão do Tribunal dos Direitos Humanos de Estrasburgo.

Os selos reproduzem imagens dos santos Cirilo e Metódio, Santa Brígida de Suécia, São Bento de Nursia, Santa Catarina de Siena e Santa Teresa Benedita da Cruz. Na parte inferior está escrito “O poder e a graça”, “Santos padroeiros de Europa” junto com o logo do Correio italiano.

Na lógica dos “Direitos Humanos” como os entende o Tribunal Europeu, essa emissão também deveria ser condenada. A rigor a Igreja Católica ficaria impedida de cumprir sua missão: “Ide e pregai a todas as gentes”.


Estes selos seriam proibidos pelo Tribuanl dos “Direitos Humanos”
O Tribunal de Estrasburgo atentará para o bom senso corrigindo perturbadora sentença ou atiçará mais a ofensiva do laicismo anticristão?

O CRUCIFIXO. » A FORÇA DA FÉ «





O CRUCIFIXO.

» A FORÇA DA FÉ «

Este crucifixo está entre os sacramentais da Igreja Católica, é um símbolo Sagrado cujos efeitos são obtidos graças à oração da Igreja.

ORAÇÃO DE ADORAÇÃO DIANTE AO CRUCIFIXO:

Eis me, aqui ó bom e dulcíssimo Jesus! De joelhos ante a vossa divina presença, eu Vos peço e suplico, com o mais ardente fervor de minha alma, que Vos digneis gravar em meu coração profundos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar, enquanto com sincero afeto e íntima dor de coração considero e medito em vossas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós, ó bom Jesus: Traspassaram as minhas mãos e os meus pés, e contaram todos os meus ossos.

OREMOS:

“Oh! Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição de Vosso Filho JESUS CRISTO, Senhor Nosso, concedei-nos, Vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos os prazeres da vida eterna. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. Rogai por nós a Deus, aleluia... Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia...” (Indulgência plenária para os que tendo feito a confissão e a comunhão, recitarem esta Oração diante de um Crucifixo, rezando pelas necessidades da Santa Igreja, ao menos um Pai Nosso, uma Ave Maria e o Gloria ao Pai. O Papa Pio XI concedeu ainda uma indulgência de 10 anos, cada vez que se rezar, de coração contrito, esta oração. 19 de janeiro de 1934.)


ORAÇÃO DE SÃO BENTO

DIANTE DA CRUZ.

"A CRUZ SAGRADA SEJA MINHA LUZ".
"NÃO SEJA O DRAGÃO MEU GUIA".
"RETIRA-TE, SATANÁS.”
“NUNCA ME ACONSELHES COISAS VÃS!"
"É MAU O QUE ME OFERECES.”
“BEBE TU MESMO O TEU VENENO!".

O CRUCIFIXO DE SÃO BENTO

A Cruz de São Bento não é um símbolo mágico que cancela cada dificuldade da nossa vida, mas um meio que pode ajudar a superá-la.
Para tirar os benefícios deste crucifixo não basta fazê-lo benzer ou usá-lo como talismã, mas são proporcionais ao grau da nossa fé e da confiança que colocamos em Deus e em São Bento.
Todo Cristão, a exemplo de Jesus Cristo, deve carregar a sua cruz. Pois, é necessário que nossas faltas sejam expiadas; nossa fé seja; provada; e nossa caridade purificada, para que aumentem nossos méritos.

O símbolo da nossa redenção, a Cruz, gravada na medalha, não tem por fim nos livrar da prova; no entanto, a virtude da cruz de Jesus e a intercessão de São Bento produzirão efeitos salutares em muitas circunstâncias, a medalha concede, também, graças especiais para hora da morte, pois, São Bento com São José são padroeiros da boa morte.

Para se ficar livre das ciladas do demônio é preciso, acima de tudo, estar na graça e amizade com Deus. Portanto, é preciso servi-lo e amá-lo, cumprindo, todos os deveres religiosos: Oração, Missa dominical, recepção dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça; em uma palavra, cumprimento de todos os mandamentos da lei de Deus e da Igreja.
Nem o demônio, nem alguma criatura, tem o poder de prejudicar verdadeiramente uma alma unida a Deus.

Trazer consigo o CRUCIFIXO.

Podemos trazê-lo ao pescoço como sinal de amor a nossa FÉ e TESTEMUNHO a JESUS CRISTO.

Numerosos são os benefícios atribuídos ao crucifixo de São Bento, de fato se usado com fé e com o Patrocínio do Santo; protege:
Das epidemias;
Dos venenos;
De alguns tipos de doenças especiais;
Dos malefícios;
Dos perigos espirituais e materiais que possam causar o Demônio;

A Santa Sé a enriqueceu com numerosas indulgências: Indulgência Plenária em ponto de morte; Indulgência Parcial.

Explicação:

São Bento servia-se do Sinal da Cruz para fazer milagres e vencer as tentações. Daí veio o costume, muito antigo, de representá-lo com uma cruz na mão.
Através dos séculos, foram cunhadas medalhas de São Bento de várias formas. Desde o século XVII, começaram-se a cunhar medalhas, tende de um lado a imagem do Santo com um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento das quais São Bento saiu milagrosamente ileso.

O QUE ESTÁ ESCRITO NA CRUZ MEDALHA DE SÃO BENTO



SÃO BENTO É O PATRONO DOS EXORCISTAS

Na frente da medalha são apresentados uma cruz e entre seus braços estão gravadas as letras C S P B, cujo significado é, do latim: Cruz Sancti Patris Benedicti - "Cruz do Santo Pai Bento".

Na haste vertical da cruz lêem-se as iniciais C S S M L: Crux Sacra Sit Mihi Lux - "A cruz sagrada seja minha luz".

Na haste horizontal lêem-se as iniciais N D S M D: Non Draco Sit Mihi Dux - "Não seja o dragão meu guia".

No alto da cruz está gravada a palavra PAX ("Paz"), que é lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo: I H S.

À partir da direita de PAX estão as iniciais: V R S N S M V: Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana - "Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!" e S M Q L I V B: Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas - "É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!".

Nas costas da medalha está São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que escreveu para os monges e, na outra mão, a cruz. Ao redor do Santo lê-se a seguinte jaculatória ou prece: EIUS - IN - OBITU - NRO - PRAESENTIA - MUNIAMUR - "Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte".

É representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente, ileso.


Oração a São Bento para alcançar alguma graça:

Ó glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições, que nas famílias reine a paz e a tranqüilidade; que se afastem de nós todas as desgraças tanto corporais como espirituais, especialmente o mal do pecado. Alcançai do Senhor a graça... que vos suplicamos, finalmente, vos pedimos que ao término de nossa vida terrestre possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso. Amém.





Oração diante do Crucifixo na Igreja de São Damião,
e feita por São Francisco.

Depois que se curou, São Francisco desejava ardentemente saber os planos de Deus para sua vida. Por isso, começou a passar horas em solidão diante do Crucifixo e rezou esta prece diante do Crucifixo, quando estava em oração diante do altar da abandonada igreja de São Damião em Assis, quando esta ainda estava em ruínas.
Foi, então, que ouviu o Crucificado mandá-lo reconstruir sua Igreja.
Francisco interpretou tais palavras como se referindo à igreja e de São Damião e não à Igreja Católica, a qual precisava de uma reforma religiosa.

“-Senhor, que queres que eu faça???”

Até que um dia percebeu que Ele lhe respondia:

“-Vai, Francisco! Reconstrói a minha Igreja!”


A Oração

Senhor, quem sois vós e quem sou eu?
Vós o Altíssimo Senhor do céu e da terra
e eu um miserável vermezinho, vosso ínfimo servo.

Grande e magnífico Deus, meu Senhor Jesus Cristo,
iluminai o meu espírito
e dissipai as trevas de minha alma;
dai-me uma fé íntegra,
uma esperança firme e uma caridade perfeita.

Concedei, meu Deus,
que eu vos conheça muito,
para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a vossa santíssima vontade.

Absorvei, Senhor, eu vos suplico, o meu espírito,
e pela suave e ardente força do vosso amor,
desafeiçoai-me de todas as coisas que debaixo do céu existem,
a fim de que eu possa morrer por vosso amor, ó Deus,
que por meu amor vos dignastes morrer.



Ajoelhados: Ajoelhar-se perante alguém era sinal de homenagem a um soberano. Hoje significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. “Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar” (Cf. At 9,40).


Genuflexão: É dobrar os joelhos, num gesto de adoração a Jesus , Também fazemos genuflexão diante do crucifixo, em sinal de adoração. (Não é adoração à cruz objeto, mas a Jesus que nela foi pregado).











© Últimas e Derradeiras Graças

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Santidade aos 18 anos de idade

Santidade aos 18 anos de idade

Este é um artigo que a princípio pode lhe parecer longo demais. Porém, duvido que você não chegue até o final da leitura, porque esta jovem, chamada Chiara Luce, encanta a todos que a conhecem. Assim, só tenho a lhe desejar boa leitura.

CHIARA LUCE BADANO - SANTIDADE AOS 18 ANOS
Uma jovem bela, cheia de vida, atleta, ativa. Uma jovem normal, uma cristã. Uma escalada rápida para o Céu.
O processo de beatificação (primeiro passo antes da canonização) durou 11 anos. A fase diocesana, entre 11 de junho de 1999 e 21 de agosto de 2000, e no Vaticano, entre 23 de agosto de 2000 a 8 de Julho de 2008, quando a Serva de Deus, com o reconhecimento das “virtudes heroicas”, foi declarada Venerável ("beata").
Em 10 de Dezembro de 2009, foi proclamado o decreto pontifício sobre o milagre por intercessão de Chiara Badano: a cura imprevista e inexplicável de um rapaz de Trieste, com uma gravíssima forma de meningite fulminante. Os médicos haviam dado-lhe apenas 48 horas de vida.
No dia 25 de setembro de 2010, Clara Luce, de 18 anos, foi canonizada pelo Papa Bento XVI. Leia, a seguir, uma pequena biografia sobre sua vida.

(música de fundo feita em sua homenagem)
O NASCIMENTO ESPERADO
Chiara Badano nasce em 29 de outubro de 1971, em Sassello, cidadezinha graciosa no noroeste da Itália, primeira e única filha de Ruggero Badano, caminhoneiro, e Maria Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos. É fácil imaginar a enorme felicidade provocada por esse nascimento. "Mesmo com esta alegria imensa, compreendemos logo – conta a mãe – que ela não era somente nossa filha, mas que era, antes de tudo, filha de Deus". A infância transcorre tranqüila. Porém com uma nota de serenidade incomum. A mãe deixa o trabalho para cuidar da filha. Diálogo e afeto se misturam com momentos em que se deve dizer "não" aos caprichos de Chiara que, querendo ou não, corre o risco de crescer mimada. "Tínhamos consciência desse risco! Por isso, desde os primeiros anos, queríamos deixar as coisas bem claras. Não perdíamos a oportunidade de ajudá-la a fazer as coisas diante de Deus", diz a mãe.
ALGO MUITO IMPORTANTE
Maria Teresa conta um episódio:"Uma tarde ela chega em casa com uma linda maçã vermelha. Questionada, Chiara responde que pegou a fruta no quintal da vizinha. Explico-lhe que ela deve pedir antes de pegar e que, por isso, deve devolver a maçã, pedindo desculpas à vizinha. Mas ela fica acanhada e não quer ir. Insisto: é muito melhor dizer a verdade do que comer uma boa maçã. Então, Chiara procura aquela senhora e lhe explica tudo. À noite, nossa vizinha traz uma cesta de maçãs para Chiara, justificando: "Hoje ela aprendeu algo muito importante".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Thomas More




Thomas More (1478- 1535). A forma latinizada de seu nome é Thomas Morus, e More é a forma inglesa. More nasceu e morreu em Londres, Inglaterra. Era filho de juízes do banco dos reis. Com quinze anos virou pajem do cardeal Morton, da Cantuária. Foi um pensador humanista, otimista em relação à solução dos problemas, bastando para isso bem conduzir a razão e obedecer a natureza. Tinha muitas relações e amizades, apesar de reconhcer injustiças nas nações da Europa. Em 1497 foi terminar os estudos em Oxford, onde tomou contato com Desiderius Erasmo, filósofo e teólogo de Rotterdam, Holanda. Se tornaram grandes amigos, e More era como um discípulo de Erasmo, mais velho, que dedicou à ele seu principal livro Elogio da Loucura. Mantiveram correspondência. Thomas More chegou à chanceler da Inglaterra e escrevia para Erasmo: “Não podes avaliar com que aversão me encontro nesses negócios de princípe, não há nada de mais odioso do que essa embaixada.” More falava de sua missão diplomática de resolver uma importante dissidência entre Henrique VIII, a quem chama de invencível e dono de um gênio raro, e o princípe Carlos da região de Castela.
Henrique VIII fundou o anglicanismo, religião oficial da Inglaterra, para poder se casar de novo. Isso não era permitido pela Igreja Católica, e Henrique, consultando o Papa, descobriu que só podia casar com outra mulher em caso de morte da atual. Certemente por algum problema genético, Henrique só tinha filhas mulheres. Mas achando, que o defeito estava nas mães, mandou matar diversas esposas. Ele queria um descendente homem. O principal motivo da fundação do anglicanismo foi a permissão do divórcio. More era católico e não aceitou a nova religião. Em 1532 pediu demissão do cargo. Em 1533 ofendeu Ana Bolena, uma das esposas de Henrique VIII, não assistindo sua coroação e não prestando fidelidade aos seus descendentes. Na religião anglicana o chefe de estado era o chefe de religião. Desgostado, Henrique condenou More a prisão perpétua e depois à morte por crime de alta traição. Foi decapitado em 1535.
Seu principal livro é um livro político, A Utopia, que em grego significa “não lugar, lugar que não existe”. A Utopia é uma ilha afastada do continente europeu, mas no livro, Rafael Hitlodeu (Hitlodeu quer dizer aproximadamente nonsense, contador de disparates) não especifica em que oceano ela fica, só diz que foi parar lá depois de embarcar numa das viagens de Américo Vespúcio, e voltou lá depois. AILha de Utopia abarca a sociedade ideal, esse termo depois virou sinônimo de coisa ideal, inatingível, mas esse significado semântico foi dado por More. Há jogos de palavras também com o nome do rio Anidro, sem água, do princípe, Ademo, sem povo e da capital Amauroto, evanescente, que some como miragem.
Pode-se considerar o termo utopia como o sinônimo de uma coisa boa, porém não alcançável. Isso dá um certo tom pejorativo. Mas será que é válido pensar em utopias? Por exemplo, no início do século XIX, era uma utopia a escravidão acabar ou o homem voar, mas isso acabou ocorrendo depois.
Thomas More admirava Platão e tirou a inspiração para A Utopia da República. Hitlodeu cita expressamente sua admiração à Platão. Podemos condiderar certas influências de More ao escrever o livro. Ele era um humanista muito culto, e conhecia as línguas clássicas, grego e latim. Na república, Platão nos falara de uma cidade ideal, onde os reis-filósofos governariam. Os dois livros se passam na forma de um diálogo, que é quase um monólogo. Na República de Platão, não havia a família, os filhos eram tirados dos pais e os casamentos eram selecionados de modo a garantir a eugenia. More preserva a família, a eleva à categoria de educadora. Toda a sociedade uropiana é familiar, More chega a falar que a Ilha é uma “Grande Família”. Na história do livro, More, em primeira pessoa conta que conheceu algumas pessoas durante sua viagem diplomática, que o afastou mais de quatro meses da família e da pátria. Uma dessas pessoas era o já citado Rafael Hitlodeo, viajante experimentado, que sabia diversas coisas de diversos países ao redor do globo. Assim, o livro passa para o relato de Rafael, que inicialmente fala de povos como os acorianos e macorianos, suas sociedades e dos polileritas, seu sistema de justiça. Esse povo, de uma nação dependente da Pérsia, vivem longe do mar numa terra fértil. São pacíficos, e quando alguém é apanhado em furto, é obrigado a devolver o produto do crime ao dono, e não ao Estado. Nos rebeldes e ociosos são aplicados castigos físicos. Os criminosos são marcados na cabeça, e transformados em escravos. More descreve uma discussão sobre ser possível ou não aplicar essa legislação na Inglaterra. Nessa discussão, um bufão ridiculariza os freis, chamando-os de vagabundos, e o frei ali presente fica colérico. Mas More era como Erasmo, achava o cristianismo bom em seu príncipio, mas com a mensagem deturpada através dos séculos. Para More, “torceram o evangelho como se fosse uma lei de chumbo, para modelá-lo segundo os maus costumes dos homens”.
Uma sociedade justa deveria ter leis pouco numerosas (More era advogado) e as riquezas repartidas. A principal crítica social de More gira em torno da abolição da propriedade privada. Adverte que a igualdade seria impossível com a propriedade. É um dos primeiros a atacar a propriedade na era cristã. Na República de Platão, os cidadão adotavam um regime de comunhão de bens. Proudhon mais tarde chamaria a propriedade de roubo. Na Utopia existe também a comunhão de bens. No livro segundo o personagem Gabriel descreve a Utopia:
É uma ilha em forma de semi-círculo, de quinhentas milhas de arco. Tem uma fortaleza e é inacessível para quem não é nativo, pois existem poucos caminhos que escapam dos rochedos. O nome da ilha vem de seu fundador, Utopus, que primeiro se apoderou dela. Existem cinquenta e quatro cidades. Na capital, são trinta famílias com quarenta indivíduos cada. Cada família é dirigida por uma filarca, ou aquela que ama. Existe renovação anual do trabalho agrícola, uma das principais atividades. Todos os meses há uma festa. Tem mel e sucos de frutas. Fazem música nas horas de lazer, além de outras coisas.
Nas cidades da Utopia, grande parte das casas são de três andares. Tem palacetes também. Eles são governados por um príncipe. As crianças são educadas nas escolas. Além de agricultores,os utopianos são tecelões, pedreiros, oleiros e carpinteiros. As mulheres trabalham nos serviços mais leves, como a tecelagem. Todos usam as mesmas roupas. Vestir roupas luxuosas é censurável, pois elas incitam a desigualdade e a falsa superioridade. A vaidade, no livro é criticada em diversos aspectos.O trabalho não é esgotante, são seis horas por dia, mas todos trabalham. Dessa forma, não sãos as massas trabalhadoras que tem que fazer o trabalho dos vagabundos e parasitas, como por exemplo certos nobres e religiosos. More retoma o exemplo do zangão da República, que não trabalha.
O mais velho é o chefe, depois os maridos, que são servidos pela suas esposas. As crianças obedecem aos pais e todos respeitam os mais velhos.
More critica o orgulho e a vaidade, que levam ao luxo supérfluo. Efetivamente, diz que todos os países do mundo adotariam o regime de Utopia se não fosse o orgulho, “esse pai de todas as pestes”. Utopia não tem dinheiro. Existem hospitais e médicos, apesar destem serem pouco requisitados, pois todos são saudáveis. É uma das profissões mais respeitadas. O prazer não está ligado ao luxo. Esse leva a um “flaso prazer”, que deve ser descartado, por ser na verdade desagradável. O verdadeiro prazer pode ser mental ou corporal. Um prazer mental, pode vir, por exemplo quando se compreende uma coisa. O prazer corporal pode também vir de várias formas, como no ato de comer, de extrair escrementos, ou de aliviar algum excesso, como é o caso da relação sexual. Mas o principal prazer corporal é a saúde contínua. Aprovam a volúpia que não leva ao mal. More descreve o que ele consideram volúpia, não apenas a sensual, mas todo o prazer do corpo, que deve ser cultivado. Apesar de por fora não parecerem, todos são vigorosos. A saúde perfeita tem equilíbrio entre todas as partes do corpo.
O bem individual é submetido ao bem geral. Tem ouro e prata importados, mas esses estão abaixo dos ferros, e não são valorosos. Na religião acreditam na imortalidade da alma. Deus existe e recompensa a virtude. Os utopianos acreditam em felicidade após a morte, por isso não choram os mortos, só os doentes. A virtude se consegue vivendo segundo a natureza. A razão leva adoração de Deus, os dois estão em comunhão. Só existimos por causa de Deus. A religião de Utopia funciona como uma espécie de regulador social, pois é do temor à Deus que advém a busca por justiça. Pois, se não pensarmos em uma vida após onde seremos julgados, todos buscarão todas as espécies de prazer, sem nenhum limite. A religião tem algum preceitos básicos, com influência (do More autor) de escolas diferentes e até mesmo contrárias, como a epicurista e estóica. O catolicismo também deixa sua marca, e Hitlodeu conta, que conseguiu converter vários Utopianos à essa religião. Os utopianos tem liberdade de culto e tolerância religiosa, mas são vistos como suspeitos os que não acreditam em uma força na natureza que tudo rege, tenhya ela o nome que tiver, ou não acreditam na imortalidade da alma.
A caça é proibida, por ser considerada crueldade. Houve outras interações culturais na Utopia. Gabriel, que permaneceu lá por cinco anos ensinou grego. Todos ficaram admiradores da cultura grega. Gabriel passou alguns livros clássicos. Gabriel também ensinou o cristianismo, e conquistou muitos adeptos. Todos concordam que existe um ser supremo. Os materialistas são desprezados como resultado de uma natureza inerte e impotente. Existem poucos padres. Mas há festas religiosas todos os meses, e um culto muito poderoso, que enche todos de reverência e temor à Deus. O sacerdote nessas ocasiões uma ropua diferente, feita de penas. Depois da passagem inicial , todos cantam. A música é vista como uma tipo especial de prazer, que embevece todos os sentidos ao mesmo tempo.
A guerra na Utopia é motivo de vergonha, mas às vezes é necessária. Os zapoletas, de uma nação vizinha vivem para a guerra e são semi selvagens. Todos são treinados para defender a República em caso de guerra. Mas são pacíficos. Os sacerdotes rezam primeiro pela paz e depois pela vitória de Utopia. Se um utopiano é humilhado em terra estrangeira, exige-se a punição dos culpados. Se o caso se complicar, é guerra. Mas ninguém busca a glória no campo de batalha. Preferem até pagar mercenários para lutar em seu lugar, visto que tem acúmulo de ouro. A única função do ouro é pagar mercenários, além é claro de servir para a feitura de pinicos e correntes para escravos. Na ilha tem escravos, que são geralmente prisioneiros de guerra ou criminosos. Existem alguns estrangeiros que se oferecem para serem escravos, só para poderem viver na ilha. esses são muito respeitados, pois o trabalho é algo enaltecido por todos. Os utopianos são muito patrióticos, preferem qualquer um de seu país à um rei estrangeiro. Na ilha, todos estão em casa em qualquer cidade. Viajam com um visto do príncipe. As cidades não são muito distantes. E apesar de ninguém ter nada, todo mundo é rico. Nos centros das casas são depositados materiais de primeira necessidade produzidos, que são pegos pelos pais de famílias.
More ergueu seu protesto, principalmente contra as injustiças da Inglaterra de Henrique VIII. Ataca a monarquia e as instituições, bem como a vida de luxos inúteis em cima do trabalho de outros. Se inspirou em Platão e anarquistas e comunistas se inspiraram nele.

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